Gêmeas. Assim foi chamado nosso primeiro dueto. Nos palcos nos identificamos por uma gestualidade, fora dele pela curiosidade de novos gestos.
Com corpo semelhantes passamos a somar, unimos movimentos, histórias e técnicas. Fomos descobrindo maneiras de dar ao caboclinho as linhas do balé e à ginástica olímpica a poesia da capoeira.
Foi no prazer de experimentar diferentes fusões que criamos nossa trajetória. Foi nesse caminho que passamos por diferentes continentes buscando agregar diversas técnicas. É na brincadeira de reelaborar o que aprendemos que conduzimos nossos ensaios e criamos nossos espetáculos.
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Após uma viagem entre Europa e Índia voltamos carregadas de novas referências artísticas que nos instigaram a criar um novo trabalho com um novo desafio: contar uma história. Como esse corpo incapaz de se despir do ritmo, agilidade, suavidade e brincadeira das danças populares brasileiras consegue adentrar o universo imaginário e dividir com o público uma narrativa.
Assim nasceu:
A ÚLTIMA ESTRADA
Uma pequena fábula que narra a história de uma casal na sua jornada em direção ao mar. Entre tantos caminhos encontram com estranhas figuras, muitas lembranças e culpas de tempos passados. Com tudo pronto nos resta caminha.
Levando conosco o necessário para iluminar nossa estrada vamos, ao som da nossa trilha, percorrer as mais diferentes paisagens, teatros, escolas e praças. Por aí vamos contando e fazendo um pouquinho mais dessa nossa história!